Liberdade, contribuição, crescimento, relacionamento e respeito.
Esses são, hoje, os cinco valores que movimentam minha vida e minhas escolhas. São eles que dão o tom do meu propósito, que me ajudam a sentir que estou sempre um pouco mais perto da minha identidade e ferindo cada vez menos meu verdadeiro eu.
E por qual razão esses cinco, nessa ordem?
Sem liberdade, para mim, não há fluidez. Sem fluidez, sei que não estou no meu melhor estado de espírito para contribuir. Sem contribuir, não evoluo, não cresço e não aprendo o que, para mim, é muito (e sempre) importante. Sem crescer, aprender e evoluir, minhas relações são afetadas, pois, certamente, irá faltar a minha parte na troca de experiências necessárias para contribuir como ser humano, diante da minha missão. Se os relacionamentos e as trocas com o próximo são afetados, não posso acessar o limite e o universo do outro, dificultando o entendimento e a conexão por empatia necessários para se manter o respeito.
Sendo assim, um dá suporte para o outro em busca do que acredito sobre a vida e sobre quem sou hoje.
Participar ativamente da transformação dos profissionais comuns para profissionais que conhecem seu perfil e seu valor, de forma que sejam capazes de escolher oportunidades que os deixem mais perto de seus propósitos de vida e expressando seu verdadeiro eu, através das suas escolhas de carreira e vida.
Participar ativamente da transformação e melhoria dos processos de recrutamento e seleção das empresas, com o objetivo de promover a importância da contratação não só por competências, mas também pelo alinhamento de valores pessoais do candidato com a cultura organizacional.
Acredito que com essas missões, cumpro meu grande propósito de participar da mudança que busco ver na relação entre profissional e empregador, ajudando a construir um mercado de trabalho mais justo, autêntico e de pessoas mais satisfeitas com suas escolhas.
Nascida em São Paulo, cidade que vivo hoje, tive meu caminho cruzando diversos outros caminhos, tanto em Araraquara/ SP, quanto no Rio de Janeiro. Adaptação e mudanças, para mim, nunca foram um problema. rs
Sem entender muito como um jovem de 17 anos consegue escolher o que fazer pro resto da vida, escolhi a Tecnologia da Informação como forma de conquistar todas as coisas que, naquela época, eu acreditava que eram as mais importantes. Dinheiro certamente estava no topo da lista, junto com muitas outras coisas materiais que eu acreditava que toda pessoa bem sucedida deveria ter. Além de uma mesa, num escritório bem chique, claro!
Para isso, me formei na Universidade Paulista em Gestão da Tecnologia da Informação, já com estágio em uma multinacional, na época, chamada Logica America do Sul. Lá fui estagiária do escritório de projetos.
Ainda meio perdida nas minhas escolhas, acabei tentando o processo de trainee da Ernst & Young (EY), onde trabalhei na área de Segurança da Informação por alguns vários anos, passei por diversos clientes, mudei de escritório (aí que entra meu ano no Rio de Janeiro), fui promovida com sucesso e aprendi muito. Aprendi principalmente sobre mim, sobre o que eu realmente gostaria de ter na minha vida e sobre o que eu queria deixar de legado.
Foi ainda dentro da EY que entendi que, definitivamente, meu negócio era cuidar de gente, não de máquinas, nem de negócios que não faziam meus olhos brilharem.
Quando a gente se sente uma farça, mesmo sendo muito bons no que fazemos, estamos enganando a nós mesmos e não aos nossos chefes ou clientes. E era assim que eu me sentia: uma farça, mesmo com ótimos feedbacks.
E esse “clique” só veio quando descobri que o coaching poderia ser a ferramenta para eu construir uma Raquel mais feliz com seu trabalho, que se sentia útil, parte de um propósito relevante e reconhecida por ela mesma.
Fiz minha formação em coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching e comecei, informalmente, a traçar meus novos planos. Esses novos planos me levaram à deixar a EY e começar o processo de desfazer as amarras, criando coragem de desapegar de uma escolha (escolha essa que um dia gerou muitos frutos, amadurecimento, aprendizados e amigos para a vida toda) e me agarrar em outra.
Já iniciando meu processo de transição, fui trabalhar no Banco BNP Paribas, num cargo bem menos técnico, de volta ao escritório de projetos. Outra experiência de muito aprendizado e autoconsciência, num ambiente totalmente diferente, com situações, entregas e dia a dia diferentes, que me fizeram ter certeza de que algo estava precisando mudar em mim.
Era oficial: não adiantava mais culpar o lado de fora pela minha insatisfação com a carreira, nem ter medo de arriscar e me jogar naquilo que eu acreditava. Eu escolhi aquela realidade, então eu era a única responsável por mudá-la.
E eu mudei. Me joguei na piscina gelada do trabalho com propósito, em busca de cumprir minha missão e sentir aquele conforto na alma toda vez que estou um pouquinho mais perto dessa conquista. Com o tempo a piscina está ficando menos fria, principalmente por ter uma família e amigos como os que eu tenho, que me apoiam e seguram a onda desse frio junto comigo.
Também fica mais confortável se você se propõe estar aberto e atento aos caminhos que o universo vai abrir e para as pessoas que ele vai fazer você cruzar. Estar atento, estar disposto e conectado. Isso só é possível quando a gente escolhe se conhecer e acredita no que descobriu. Quando acreditamos em toda grandiosidade do nosso ser e nos permitimos brilhar!
E não, eu não me iludo. Posso ter uma conversa longa sobre como o “faça o que você ama” tem muito mais do racional do que de romântico. Há todo momento, vai acontecer uma pequena transformação, aquela saidinha da zona de conforto, um novo desafio que vai me jogar um pouquinho mais de água gelada, que eu vou chamar de frio na barriga. E é isso que me mantém em movimento.
Hoje eu recebo como clientes e futuros amigos todos aqueles que estejam precisando mudar e fazer exatamente isso por eles mesmos. Existe um lugar no mundo para todo mundo. 🙂