Esses dias vi uma imagem com uma frase que dizia “Tudo bem ter 22 anos e não saber o que quer fazer da vida”, e me dei conta de como isso tem assombrado a maioria das pessoas que eu conheço.
A busca pelo propósito, pelo “faça o que você ama”, pelo trabalho dos sonhos e pela nossa paixão, aquela que temos que seguir, buscar, focar, têm sido temas cada vez mais abordados e o número de pessoas procurando ajuda nesse sentido também tem crescido muito, o que acredito que seja ótimo! É ótimo se manter curioso e é ótimo buscar se sentir mais feliz. Porém, me dei conta que, ao passo que o número de pessoas em busca disso cresce, o número de ansiosos, preocupados e culpados por não terem se encontrado cresce significativamente.
A questão é que estamos todos em busca de uma mudança, uma resposta, mas nem sempre sabemos o que fazer com as respostas que encontramos ou estamos prontos para lidar com os dois lados da moeda do autoconhecimento e todas as responsabilidades que “sair da zona de conforto” pode trazer.
Quando eu vi essa imagem, até eu mesma, “a coach de carreira”, pude sentir um alívio e pensei: sim, tá tudo bem ter 22 anos e não saber o que quer fazer da vida.
E ter 18, 25, 27, 40 também!
Estamos todos na mesma! Nos descobrindo e redescobrindo. Tentando e aprendendo. Escrevendo na pedra e depois jogando a pedra fora. Dizendo “pra sempre” e surtando um mês depois. E tá tudo bem! Aliás, pode me colocar nessa conta aí!
Estamos buscando, estamos no caminho, construindo a jornada. E até a mais “bem resolvida” das pessoas tem dúvidas. A diferença, talvez, esteja em como lidar com elas. Não sei ao certo, também estou na busca e na descoberta do “pacote completo”, mas o que posso afirmar é que ser curiosa e ouvir minha intuição foi o que me trouxe até aqui, nesse lugar onde já consigo enxergar um pouquinho mais da vida com as minhas próprias lentes.
Então, eu te pergunto:
O quanto você está se comprometendo em enxergar a vida, o trabalho e os relacionamentos com suas próprias lentes, num mundo de tantos estímulos externos?
O quanto você está se permitindo desenvolver o senso crítico, questionar os padrões e buscar as respostas dentro de você, confiando que essa opinião também pode ser boa e válida?
E o quanto estamos (também me coloca nessa conta aí!) nos permitindo ser tudo que somos, inclusive nosso “pior” e mais “obscuro” eu, sem culpas?
Esse é um bom começo mas, sem crise! A vida é muita coisa e a pergunta “o que você quer fazer da sua vida” é grande demais.
Podemos começar fazendo aquilo que já sabemos fazer, numa direção que sentimos que faz um pouco mais de sentido, agindo um pouquinho de cada vez.
Pessoalmente falando, o caminho foi tortuoso e ainda tenho muitos momentos de dúvidas, medos, incertezas. Mas, de pouquinho em pouquinho, de crise em crise, de busca em busca, posso compartilhar parte do que sei que posso fazer e faço hoje:
Entender que quero fazer tudo isso só foi possível porque me permiti, várias vezes, viver “sem rumo”, me jogar em coisas que não conhecia bem, sofrer as consequências disso (e como!) e colher os bons frutos disso também. Ou seja, para saber o que gostaria de fazer da vida hoje, eu precisei ouvir minha intuição, viver isso (inclusive toda a dor disso) e ir iluminando a estrada de pouquinho em pouquinho, como conto nesse texto aqui.
E você? O que sua intuição diz? Para onde ela te leva hoje?
Você pode tentar, sem compromisso. Pode se ouvir, se perceber. Nunca se sabe o que está por vir! Talvez fique mais fácil sem o peso da resposta exata, da paixão concreta, do propósito definido e sem a culpa de ter que dar certo.
Esqueça tudo que falaram sobre ter um super foco, sobre ser bem sucedido, mega produtivo, ter uma paixão, se isso se tornou um peso. E vai viver. Pode ser que seja simples assim!
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